segunda-feira, 25 de maio de 2009

A sua mão e o meu pé: e a comunicação interna com isso?



Entende-se por comunicação interna o esforço de comunicação advinda de uma empresa, órgão ou entidade para que haja um relacionamento entre seus diversos públicos internos e entre esses e seus respectivos dirigentes.
Embora bastante discutida, a prática da comunicação é muitas vezes deixada em segundo, terceiro ou quarto plano, desencadeando gargalos em processos, falhas e duplicidade de serviços que terminam por comprometer o desenvolvimento e sobrevivência das empresas.
O cuidado com a comunicação procede o cuidado que a empresa deve ter consigo mesma, ou seja, em outras palavras, com seu corpo funcional.
Absorvendo a teoria de Foucault, em sua terceira fase, é necessário cuidar de sí, enxergar-se para depois comunicar quem somos aos demais.
A empresa que não enxerga seus problemas, não cuida de suas feridas, não funciona bem e, nesse contexto não está apta a exercer de fato um formato de relacionamento com seu público interno. Seria como se o corpo apresentasse os sintomas de uma doença e a cabeça ignorasse seus sinais.
Entendo, pois, que, sem uma comunicação exercida de forma horizontal a empresa não conversa consigo própria e, nós como dirigentes, condutores, seres pensantes, se não pararmos para analisar o formato da nossa comunicação, correremos o mesmo risco: o de burocratizar os relacionamentos, o de procrastinar os problemas e congestionar o processo de interação entre você, o outro e a empresa.
Acredito que, pequenas ações como a criação de jornais internos, blogs, comunidades são representações de sentimentos que, por questões de filosofia da empresa não são expressos abertamente. Se hoje estamos parados, talvez seja reflexo de nossos questionamentos, mas pressinto ser apenas uma questão de tempo para que sua mão e meu pé caminhem na mesma direção. E viva a comunicação! Silenciosa ou não ela existe e persiste!

Ariel Macorle.

Um comentário:

  1. Considerando comunicação organizacional como uma das atividades inerentes da empresa entende-se, portanto como um processo sustentado, pelo menos, sob quatro pilares: mensagem, compreensão, ação e resposta. Ocorre que nas organizações, muitas vezes, as mensagens enviadas são truncadas e cheias de interferências, conseqüentemente não são compreendidas, por sua vez, as ações não são realizadas, bem como, não há o retorno eficiente. Quantos aos resultados: serviços, processos e produtos de má qualidade. Ora, processo já começou errado. Se a comunicação empresarial é um processo dinâmico e coletivo então se deve cuidar muito bem de sua emissão. Pois a maior parcela da responsabilidade da comunicação e sua compreensão são do emissor, inclusive de verificar se o receptor compreendeu para assim alcançar os fins desejados. Não se exclui dessa forma a responsabilidade também do interlocutor, pois, saber ouvir é fundamental para a comunicação. Aliás, não há comunicação sem entendimento e sem comprometimento. Para uma boa comunicação empresarial é preciso assumir responsabilidades

    Pedro Manoel

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